O papel da mulher na sociedade contemporânea é cada vez mais próximo de como deve ser, igualitário, de protagonismo e em cargos de liderança. Longe ainda do cenário ideal, as responsabilidades e reconhecimentos começaram a se igualar, porém o salário ainda é uma disparidade

O problema da desigualdade de gênero é uma questão estrutural, uma construção histórica e social que formou uma diferença cultural de tratamento entre homens e mulheres. Há conquistas das mulheres no Brasil que não fazem nenhum um século, como o direito ao voto, 1932. Há pouco mais de 50 anos atrás, a mulher casada precisava ter autorização do marido para trabalhar.

Hoje, o mercado de trabalho traz os desafios para as mulheres lutarem por cargos de liderança. Na área da saúde, no Mundo, a mulher é responsável por 70% dos trabalhadores no setor, porém, apenas 25% das estão em posições de liderança. Elas são o exército da saúde, são a maioria das enfermeiras, são a maioria das médicas, são as cuidadoras, são as ativistas comunitárias, são as tanatopraxistas, mas dificilmente são as líderes.

E é aí, que começamos a entender que isso vai muito além da desigualdade no mercado de trabalho e percebemos que o problema é estrutural. A mulher pelo cultivo disseminado e machista, em muitas culturas locais, ainda tem que dividir e é sobrecarregada com as tarefas profissionais, trabalhos domésticos, cuidar dos familiares e dos filhos. Em sua maior parte do tempo, sem ajuda do companheiro.

É responsabilidade de cada cidadão, sendo mulher, mãe, filha, esposa ou homem, pai, filho, esposo e encorajá-las ne apoia-las em busca dos seus sonhos e cargos mais altos. Além de dividir as responsabilidades do lar, da família e dos filhos. Só assim, iremos igualar como deveríamos o mercado profissional. Através do estudo e do incentivo tornaremos a sociedade mais justa.

No nosso país, Brasil, o ano 2020 foi o pior em 30 anos para o mercado de trabalho. A pandemia do Covid-19 trouxe problemas e desafios maiores para superarmos. As mulheres foram a mais impactadas, os números são os menores da sua representatividade no mercado de trabalho desde 1990, 45,8%. A desigualdade que já era evidente ficou escancarada com a pandemia, a mulher que é a mãe, a dona de casa e profissional ficou com a árdua responsabilidade de conciliar tudo, em meio a um isolamento social com as crianças integralmente em casa. E historicamente, é a mulher que abre mão da carreira profissional para se dedicar ao lar. E a pandemia vez mais uma vítima, a igualdade de gênero.

Então, cabe a nós, principalmente as mulheres, continuar lutando. Os desafios estão aí, não só para tornar o mercado de trabalho igual em gêneros, mas igual nos cargos de liderança, igual no lar, igual nos papeis sociais. E lutar é uma coisa que as mulheres, historicamente, nos ensinaram a fazer.

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